sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Pop arte


Latas "Sopas Campbell" (1962) - Andy Warhol


O termo pós-modernismo, esquecido durante algum tempo, irrompeu assim, na cena cultural do final dos anos  1950, com uma conotação negativa, indicando aquilo que era menos e não mais moderno. Surgido num movimento de arquitetos italianos, que depois foi seguido por seus pares de outros países, destacou-se como um investimento contra o internacionalismo da arquitetura moderna, propondo formas de construção que combinassem com as pessoas que iriam utilizá-las. 

Da arquitetura, o termo transbordou para outras áreas, ganhando também novas conotações e significados. Nos anos 1960, invadiu as artes plásticas, definindo a postura de oposição dos artistas ao subjetivismo e ao hermetismo que tinham tomado conta das artes modernas. Em 1962, o Pasadena Museum of California Art, nos Estados Unidos, abria as suas portas para a exposição The new paiting of common objects, inaugurando o que se convencionou chamar pop art que se empenhava em dar valor artístico à banalidade cotidiana. A pintura pop buscava justamente a fusão da arte com a vida. Era a singularização do banal, como quando Warhol dava status de obra de arte a garrafas de coca-cola ou a sopas Campbell, ou a banalização do singular com obras sendo (re)elaboradas sobre os ícones da arte renascentista ou moderna. Tinha início então uma arte pós-moderna que não se definia por um estilo, uma coerência ou uma proposta definida, mas, ao contrário, caracterizava-se pela desordem, pelo choque de tendências e pela convivência de estilos

Arquitetura brasileira Pós-modernista

“RAINHA DA SUCATA”, Sylvio de Podestá-Belo Horizonte.

O pós-modernismo tem muito impacto na Europa nos Estados Unidos, no Brasil não existiu o debate com o mesmo vigor e a grande tradição moderna, mesmo bastante desgastada, não permitiu muito espaço para uma crítica de qualidade da produção arquitetônica. Apesar de no Brasil não haver tamanha representatividade na arquitetura pós-moderna, houve discussões em diversas áreas. Como exemplo tem-se VilaNova Artigas, que mesmo não tendo se desvencilhado completamente do Movimento Moderno, já mostrou-se crítico e insatisfeito.
A chamada "arquitetura posmoderna" brasileira se reflete em grande parte na adoção dos elementos formais mais óbvios da manifestação norte-americana do "movimento". No Rio de Janeiro seu exemplo mais conhecido talvez seja o edifício Rio Branco 1, projeto de Edison Musa, que repete o uso do frontão - que se tornou uma marca de Philip Johnson - e subdivide o edifício em basecorpo e coroamento (como na divisão clássica). Igualmente, o arquiteto mineiro Éolo Maia adota como estilo alguns elementos da arquitetura do americano Michael Graves entre outros (Maia utilizou um largo repertório de referências em sua arquitetura).
Ainda que criticada pela fragilidade de sua base teórica, a adoção do "pós-modernismo" como estilo teve o importante papel de atenuar a hegemonia da arquitetura moderna no Brasil, apontando a possibilidade de novos rumos.

Arquitetura pós-moderna

"CATALIA" - Michael Graves, Haia- Países Baixos.


arquitetura pós-moderna é um termo genérico para designar uma série de novas propostas arquitetônicas cujo objetivo foi o de estabelecer a crítica à arquitetura moderna, a partir dos anos 1960 até o início dos anos 1990. Seu auge é associado à década de 1980 (e final da década de 1970) em figuras como Robert VenturiPhilip Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo Rossi na Itália, e na Inglaterra James Stirling e Michael Wilford, entre outros.



Os arquitetos pós-modernos utilizaram uma série de estratégias para estabelecer a crítica do modernismo, principalmente a sua versão mais difundida e homogênea: o estilo internacional. Entre estas estratégias a principal foi a reavaliação do papel da história, reabilitada na composição arquitetônica, principalmente como meio de provocação e crítica à austeridade do modernismo. Philip Johnson (antes um ávido defensor do estilo internacional), por exemplo, adotou uma postura irônica em seus projetos utilizando um "armário antigo" como referência formal para o seu edifício da AT&T em Nova Iorque. Outros arquitetos adotaram padrões de ornamento e formas de composição antigas. A cidade histórica foi re-estudada em busca da reabilitação da escala humana no urbanismo por Rob Krier, entre outros.
Outras tendências podem ser associadas aos pós-modernos, como o interesse pela cultura popular e a atenção para o contexto de inserção do projeto. Robert Venturi, por exemplo, chamou atenção para as muitas formas de arquitetura vernacular (produzidas segundo uma estética da cultura popular) em seu livro Aprendendo com Las Vegas. Aldo Rossi, por sua vez, preocupou-se com a relação entre o novo projeto e os edifícios existentes acompanhando a escala, altura e modulação destes. Esta postura de congregação entre o novo e o antigo convencionou-se chamar de contextualismo.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pós-modernismo no Brasil

                                               
                 Capa de Décio Pignatari para a revista Noigandres 1





O Brasil vive a euforia do aparecimento das grandes indústrias no governo de JK. A comunicação avança em passo acelerado. Surgem as grandes indústrias  automobilísticas, instalação de muitas emissoras de rádio e TV, aparecem as redes de  televisão, os  satélites, emissoras de rádio, jornais, revistas, teatro. Nunca se respirou coisas tão novas antes.

       Jânio Quadros substitui JK na presidência prometendo uma  limpeza geral  na  administração e na economia. Mas seu péssimo governo desagradou a todos tendo que renunciar sete meses depois. Goulart assumindo o poder, piorou ainda mais a situação. Tudo  isto veio culminar com o golpe militar de 1964 que mergulhou o país  numa  ferrenha ditadura, só terminando em 1979. A ditadura trouxe uma série de horrores  ao país, mas para a cultura a pior de todas foi a censura. Assim os jornais, revistas,  teatro,  cinema, música e televisão tinham que passar por uma prévia censura antes de serem levadas ao público.

     Mesmo assim muita coisa boa apareceu. No Brasil surge o cinema  novo, abandonando os modelos de Hollywood, aparece o teatro novo, surgem os festivais  de TV e com isto aparece o famoso grupo da bossa nova. O que mais se salvou dessa  época  foi a música. Tivemos o surgimento do Tropicalismo onde a produção  poética  era  divulgada. Surge também o primeiro movimento poético: o Concretismo.

     CONCRETISMO:

     Foi lançado oficialmente a Exposição de Arte  Concreta  realizada  no  Museu de Arte Contemporânea de São Paulo em 1956.

     O grupo era formado por Haroldo de Campos, Augusto de Campos e  Décio Pignatari que já estava formado desde 1952. Seus trabalhos eram lançados na revista criada por eles mesmos chamada de Noigrandres.

     Seus criadores queriam produzir uma literatura à altura da sociedade da época, na qual os signos da técnica fossem valorizados de modo crítico.

     Propunham o fim da poesia lírica e intimista, substituída por uma concepção  de poesia fundada na concretude da palavra, isto é no seu aspecto verbal, sonoro e  visual. Visto desta forma, a poesia transforma-se em objeto, que não  representa  sentimentos ou emoções, mas torna presente a realidade em si do poema.

     Incorporando técnicas e recursos dos meios de comunicação, recuperando procedimentos das vanguardas modernas e sempre muito próximo das artes  plásticas e visuais, o Concretismo visa captar e transmitir a realidade urbana, criticando indiretamente o capitalismo e a sociedade de consumo. Sua importância pode ser percebida na  influência  que até hoje existe na poesia brasileira.

     Os teóricos do Concretismo consideravam que, a partir de um texto de Mallarmé  ( um lanço de dados nunca abolirá o acaso) encerra-se o ciclo histórico do poema discursivo. Os concretistas propunham superar o tom declamatório da poesia tradicional,  aproximando o poema das artes plásticas. Daí o apelo ao gráfico e ao visual, em  consonância com o papel da comunicação visual da vida moderna. Buscavam a linguagem  verbivocovisual (palavra-som-visual) o que implicava pôr em relevo o significante, o aspecto sensível do signo.

     Além dos três fundadores acima, tivemos muitos outros  brasileiros  que  seguiram esta corrente, tais como: Oswald de Andrade, Carlos Drummond  de  Andrade, Ferreira Gullar, Ronaldo de Azeredo, Reynaldo Jardim, José Lino Grunewald, José Paulo Paes, Pedro Xisto, Edgard Braga e outros.

     Entre as principais características concretistas temos: poemas visuais, palavras entrecortadas ou figuras, poema em forma de figura, temas universais e  atuais,  primitivismo em alguns poemas.


vem navio                                       
   vai navio
     vir navio
       ver navio                                  
         ver não ver
       vir não vir
    vir não ver                                   
  ver não vir
ver navios
       Hardoldo de Campos              
                                                        

    POEMA PROCESSO:

     O movimento do poema-processo foi lançado em 1967 através  de   exposições no Rio Grande do Norte e no Estado do Rio. Obedeceu a um  planejamento   assumido  e buscou uma conscientização pública antecipando uma oposição de  idéias  ao  estruturalismo, cuja difusão já se fazia no Brasil.

     Pretendeu a instauração de uma nova  linguagem,  configurada  sobretudo,  no  poema sem palavras e propôs uma nova codificação para o texto.

     O que o poema processo reafirma é que o poema se faz com o processo e não com palavras. Importante é o projeto e sua  visualização, a palavra pode ser  dispensada. Poesia é apenas um vocábulo. Com isto não estamos esquecendo o valor da palavra - como elemento oral na convivência humana diária: por exemplo, na leitura de uma planta arquitetônica, os valores da interligação e da circulação não são  representados  por  preposições ou conjunções gramaticais, mas pela simples distribuição  de  vazios, por  consequência é mais estratégia do que a funcionalidade da estrutura de engrenagens.

     Essa dispensa, entretanto, não deve ser entendida como um combate rígido e  gratuito ao signo verbal , mas como uma exploração planificada das possibilidades encerradas em outros signos (não-verbais) .

     O ideal do poema-processo é a estrutura - este mesmo conjunto de  relações  e tensões do objeto estético, mas cuja organização ou procura de unidade - a unidade da forma não interessa ao poeta. O que lhe interessa é manter esta estrutura  em  aberta , em constante processo, ou seja, em constante relacionamento de suas partes, para que o objeto seja mostrado por dentro, em processo.

     O poema-processo foi criado por Wladimir Dias Pino, mas tivemos muitos outros seguidores no Brasil. Entre eles Moacyr Cirne, Álvaro de Sá, Ronald Werneck, Joaquim Branco, Lara de Lemos,  Dayse Lacerda entre outros.

     Entre as características do poema-processo podemos destacar: linguagem  não-discursiva, obras visuais, uso de figuras, palavra soltas, significados  variados, não  uso do verso, ideogramas, interpretação própria de cada pessoa.

Olhe bem o poema e faça uma interpretação própria:

CEU           COR           SOL
   1                 2                  3

LUZ           OVO           ASA
   4                 5                  6

AVE           VOO          VAE
    7                  8                 9
                               Wladimir Dias Pinio
      MOVIMENTO PRÁXIS:

     Alguns membros do Concretismo foram abandonando os  colegas e criaram outros grupos, formando novas correntes. Uma que sobreviveu,  por  ser  bem  mais  elaborada foi o grupo da poesia-práxis.

     Foi por volta de 1961 que Mário Chamie rompeu com os concretistas e  partiu, com o apoio do veterano Cassiano Ricardo para o que chamou de  Poesia-Práxis, intentando  uma nova estrutura e um novo campo de relações fônicas. Em 1962, com a publicação do livro de Mário Chamie Lavra-Lavra , o manifesto didático dos praxistas veio à luz e alguns esclarecimentos teóricos sobre sua posição.

     Os praxistas propõe como reação ao excessivo formalismo  dos  concretos, uma poesia dinâmica, que pode ser transformada pela interferência  ou  manipulação do leitor, ou seja, por sua prática (práxis). O poema não é mais um  objeto  fechado, concreto, mas uma matéria transformável, que permite múltiplas leituras. A poesia-práxis representa a retomada da importância do conteúdo, que fora suplantado pela excessiva  valorização  da  forma pelos concretistas.

     Na construção do poema-práxis são relevantes, em termos de técnica, três condições: o ato de compor, a área de levantamento da composição, o ato de consumir. O poema  implica uma construção do espaço em preto, ou seja, das linhas  de  composição,  onde  as palavras criam sua multi-significação a partir das inter-relações que entre  elas  se  estabelecem. Envolve ainda o que se denomina mobilidade intercomunicante, vinculada à intercomunicação vocabular, presente a partir do próprio processo de elaboração do texto,  mas que possibilite também as múltiplas leituras a que o mesmo se abre.  Há, portanto,  desse modo, uma integração ativa entre a escrita e a leitura do  poema. Neste, as palavras,  enquanto  signos, são consideradas sua unidade; enquanto  em  conotação com outras palavras do texto são multívocas; o texto, enquanto  discurso unitário, reassume a sua condição unívoca.

     Entre as características gerais do poema práxis  temos:  cada  estrofe é  original, linguagem de informação, leitura tridimensional, informação  estética e semântica juntas, o poeta não escreve sobre temas, mas sobre áreas.
       POESIA SOCIAL:

     A poesia sofreu muitas transformações nos últimos anos. A linguagem da poesia permanece, mas em níveis menores. Houve uma volta à poesia discursiva. Um  fato que fez com que a poesia voltasse foi a música. Muitos poetas novos também  eram  músicos, cantores ou compositores. A gravação em discos e fitas, apresentação em shows diversos por todo o país, os programas de rádio e televisão muito contribuíram com a nova arte velha.

     Na música popular vamos ter cantores e poetas como: Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil e  outros. Esse  casamento entre a música e a poesia já indica uma afinidade grande  com  a  indústria  cultural e os meios de comunicação de massa.

     Essa poesia de massa recebeu o nome de poesia social. Ela não se  preocupa  mais com grandes causas ou sentimentos profundos. Sua  ligação  direta  é  com o cotidiano, ficando muito próxima do registro do instante, do minuto  e  daquilo  que  está no ar. Não importa mais a elaboração literária, o que  importa  é  a  expressividade  direta, a confissão de sentimentos miúdos e comuns. Em vez do trabalho da construção literária, a pura expressão do eu. Os temas são despretensiosos e ingênuos, sempre com um toque de humor.

     Essa poesia foi chamada de marginal, por pretender estar à margem de  tudo,  inclusive dos mecanismos do mercado. Assim, muitas vezes ela era mimeografada  e  reunida em cadernos artesanais. Organizavam-se happenings e shows musicais para distribuí-la, geralmente de mão em mão. Mas, apesar do nome, ela não é  marginal: em  seus  temas  e  soluções formais percebem-se as marcas da sociedade de consumo  e  da comunicação de massa, da qual é uma perfeita tradução. Pode ser considerada, assim, como mais um produto pós-moderno.

     Os temas, geralmente, são muito variados. Alguns se  prendem em  pequenos  detalhes, pequenas coisas, outros se  preocupam com coisas mais  sérias. Entre  os principais poetas temos: João Cabral de Melo  Neto,  Ferreira  Gullar,  Adélia  Prado, Mário Quintana, José Paulo Paes, Murilo Mendes.

     As principais características da poesia social são:  volta  ao  discursivo,  poemas curtos, linguagem simples, corriqueira, entendível, temas voltados para a pobreza, a marginalidade, regionalismos, a não preocupação com a forma, preocupação com detalhes.

              LIVRO SOBRE O NADA       
                          Manoel de Barros

As coisas tinham para nós uma desunitilidade poética.
Nos fundos do quintal era muito riquíssimo o nosso desaber.
A gente inventou um truque pra fabricar brinquedos com palavras.
O truque era só virar bocó.
Como dizer. Eu pendurei um bem-te-vi no sol...
O que disse Bugrinha: por dentro de nossa casa passa um rio inventado.
O que nosso avô falou: o olho do gafanhoto é sem princípios.
Mano Preto perguntava: será que fizeram o beija-flor diminuído só para ver ele voar parado?
As distâncias somavam a gente pelo menos.                                                      
O pai campeava campeava.
A mãe fazia velas.
Meu irmão cangava sapos.
Bugrinha batia com uma vara no corpo do sapo e ele virava uma pedra.
Fazia de conta?
Ele era acrescentada de garças concluídas.

Marcel Duchamp - "A Fonte" (1917)


"A Fonte" - 1917 


“A Fonte” – 1917   Foi colocada sobre o lado plano. A assinatura “R. Mutt” foi inspirada em Mutt e Jeff, personagens de histórias aos quadradinhos. M.D. poderia estar a jogar com o nome da empresa onde comprou o urinol, a “Mott Works” alterando ligeiramente a ortografia. A peça nem foi mencionada no catálogo da exposição. A foto da “Fonte” saiu na revista “The Blind Man” (publicada por M.D.entre outros) , onde o caso “R. Mutt” foi defendido : A “Fonte”do Sr. R.Mutt não é imoral, é absurda, tem tanto de imoral como uma banheira. É um objeto que se vê todos os dias nas montras dos canalizadores. Se o Sr. Mutt fez a “Fonte” com as suas próprias mãos ou não, isso não tem qualquer importância. Ele escolheu-a . Pegou num artigo corrente do quotidiano , colocou-o de forma que faz desaparecer o significado utilitário sob o novo título e ponto de vista --- deu-lhe um novo sentido.
   A América estava avançada nas canalizações e no princípio do século o canalizador era uma figura que aparecia com frequência na B.D. americana. A “Fonte” integra a oposição entre os líquidos fontanários e os líquidos urinários, entre aquilo que o corpo expele e aquilo que o corpo ingere.
   Por volta de 1920, os readymades tornaram-se mais complicados. Em vez de comprar objetos manufaturados para os rotular e assinar, D. passou a fazer ou a mandar fazer várias construções e montagens.

Marcel Duchamp - “Fresh Widow” (1920)


Fresh widow” – 1920




Fresh widow” – 1920   a janela é vista como uma máquina  no sentido de ser acionada por nós, ao abrir e fechar. Aqui há um conceito de máquina que funciona sem propósito, sem função de abrir ou de se ver através dos vidros . os vidros são cobertos de couro negro e deveriam ser engraxados todas as manhãs, para brilharem como vidros. Através de “Fresh widow” não é possível ver mais do que nada. A consciência da obscuridade é a condição do desejo de ver mais além da visão ocular ou do vidro transparente. O desejo é apenas uma questão de ótica; aquilo que vemos é a imagem do nosso desejo. “Viuva de Fresco” era um pequeno modelo do que os americanos chamavam “French Window” – (janela à francesa). Foi o primeiro trabalho que D. assinou com o seu segundo “eu” feminino , “Rrose Sélavy”, que ele tinha inventado em N.Yorque em 1920 .