“RAINHA DA SUCATA”, Sylvio de Podestá-Belo Horizonte.
O pós-modernismo tem muito impacto na Europa nos Estados Unidos, no Brasil não existiu o debate com o mesmo vigor e a grande tradição moderna, mesmo bastante desgastada, não permitiu muito espaço para uma crítica de qualidade da produção arquitetônica. Apesar de no Brasil não haver tamanha representatividade na arquitetura pós-moderna, houve discussões em diversas áreas. Como exemplo tem-se VilaNova Artigas, que mesmo não tendo se desvencilhado completamente do Movimento Moderno, já mostrou-se crítico e insatisfeito.
A chamada "arquitetura posmoderna" brasileira se reflete em grande parte na adoção dos elementos formais mais óbvios da manifestação norte-americana do "movimento". No Rio de Janeiro seu exemplo mais conhecido talvez seja o edifício Rio Branco 1, projeto de Edison Musa, que repete o uso do frontão - que se tornou uma marca de Philip Johnson - e subdivide o edifício em base, corpo e coroamento (como na divisão clássica). Igualmente, o arquiteto mineiro Éolo Maia adota como estilo alguns elementos da arquitetura do americano Michael Graves entre outros (Maia utilizou um largo repertório de referências em sua arquitetura).
Ainda que criticada pela fragilidade de sua base teórica, a adoção do "pós-modernismo" como estilo teve o importante papel de atenuar a hegemonia da arquitetura moderna no Brasil, apontando a possibilidade de novos rumos.
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