Latas "Sopas Campbell" (1962) - Andy Warhol
O termo pós-modernismo, esquecido durante algum tempo, irrompeu assim, na cena cultural do final dos anos 1950, com uma conotação negativa, indicando aquilo que era menos e não mais moderno. Surgido num movimento de arquitetos italianos, que depois foi seguido por seus pares de outros países, destacou-se como um investimento contra o internacionalismo da arquitetura moderna, propondo formas de construção que combinassem com as pessoas que iriam utilizá-las.
Da arquitetura, o termo transbordou para outras áreas, ganhando também novas conotações e significados. Nos anos 1960, invadiu as artes plásticas, definindo a postura de oposição dos artistas ao subjetivismo e ao hermetismo que tinham tomado conta das artes modernas. Em 1962, o Pasadena Museum of California Art, nos Estados Unidos, abria as suas portas para a exposição The new paiting of common objects, inaugurando o que se convencionou chamar pop art que se empenhava em dar valor artístico à banalidade cotidiana. A pintura pop buscava justamente a fusão da arte com a vida. Era a singularização do banal, como quando Warhol dava status de obra de arte a garrafas de coca-cola ou a sopas Campbell, ou a banalização do singular com obras sendo (re)elaboradas sobre os ícones da arte renascentista ou moderna. Tinha início então uma arte pós-moderna que não se definia por um estilo, uma coerência ou uma proposta definida, mas, ao contrário, caracterizava-se pela desordem, pelo choque de tendências e pela convivência de estilos
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